domingo, 27 de novembro de 2011

Fado reconhecido como Património Imaterial da Humanidade

A fadista Mariza realça que o fado "antes de ser um Património Imaterial da Humanidade é um património nosso". Que se ouviu, na voz de Amália, logo após o anúncio da distinção, na Indonésia.

António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, que se deslocou a Bali, na Indonésia, como elemento da comitiva portuguesa, colocou o telemóvel, onde tinha gravado "Estranha Forma de Vida" ( em baixo vídeo com este fado), de Amália Rodrigues, perto do microfone e fez-se silêncio na sala.

"Acho que foi a melhor forma de homenagear aqueles que têm de ser hoje homenageados. São aqueles que têm feito o fado e que são os fadistas e aquela 'Estranha Forma de Vida' é uma homenagem a todos", justificou António Costa.
"Muita gente achava que o fado era triste. O fado é alegria", afirmou o autarca, logo depois, acrescentando que o reconhecimento do fado como património Imaterial da Humanidade é um reconhecimento para cantores, poetas, músicos, compositores.
"E ouviu-se o fado. Muito bom e muito bem. Estamos muito felizes e com imensa vontade de partilhar essa alegria com todos os que trabalharam nesta candidatura, com todos os que constroem o fado, com todos os nossos artistas, todos os nossos parceiros, as instituições envolvidas, os investigadores, a equipa do Museu do Fado. É uma alegria muito grande", afirmou a directora do Museu do Fado.
Sara Pereira disse também que a inscrição é uma "responsabilidade acrescida" no cumprimento do plano de salvaguarda que foi apresentado à UNESCO e que tem cinco eixos estratégicos: a rede de arquivos, o arquivo digital sonoro, o programa editorial, a implementação de roteiros temáticos de fado e o programa educativo.
A fadista Mariza, embaixadora da candidatura, afirmou-se "muito contente e satisfeita" e disse à Lusa que com esta distinção "vamos passar a ver o fado com outros olhos". "Em vez de estarmos cada um a puxar para os eu lado vamos todos puxar para o mesmo, ficarmos juntos e só assim faz sentido", disse Mariza que acredita que esta distinção irá unir mais o meio fadista.
"Mas antes de ser um Património Imaterial da Humanidade é um património nosso e isto não o podemos esquecer. É de todos nós. De todas as pessoas que o acarinharam", vincou a fadista.
Ana Moura, por seu lado, admitiu que o reconhecimento do fado como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO vai dar-lhe uma nova visibilidade, mas defendeu que "o fado sempre foi património da Humanidade".
"O Fado sempre foi património da Humanidade", afirmou à Lusa a fadista, acrescentando que a distinção "vai aconchegar a alma [dos portugueses] e encher-nos a todos de orgulho".
O fadista Camané considerou que "a principal consequência será a maior divulgação que o Fado terá", uma questão que "já é visível desde que toda a campanha de promoção [da candidatura] arrancou". "Assim, mais pessoas ficarão a conhecer o que é o Fado e a sua riqueza", disse Camané.
A fadista Maria da Fé considerou a distinção "uma coisa maravilhosa para o Fado e para o nosso país". "Daqui para a frente é uma incógnita", afirmou à Lusa a criadora de "Cantarei até que a voz me doa", referindo que "o fado já está, felizmente, com muita força e muito divulgado, mas nunca é demais e é muito positivo esta distinção".
Para a fadista, proprietária do restaurante típico Senhor Vinho, na Lapa, em Lisboa, "há esperança que [esta distinção] traga mais clientes, não só turistas como, muito especialmente, portugueses".
O VI Comité Inter-Governamental da UNESCO aprovou hoje em Nusa Dua, na Indonésia, a integração do Fado na Lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Cerca de uma hora antes do reconhecimento, o presidente da Comissão Científica da candidatura do Fado a Património Imaterial da Humanidade, Rui Vieira Nery, queixara-se que o processo de inscrição das candidaturas estava a ser longo por incompetência da presidência da reunião na condução dos trabalhos.
Com oito horas de diferença entra Bali e Portugal, temia-se que a discussão da candidatura do fado fosse adiada para amanhã, segunda-feira.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Música y juicios de valor : una reflexion desde América Latina


O livro, organizado pelos professores Juan Francisco Sans e Rubén López Cano, acaba de ser lançado, pela Celarg (Caracas). Leia a sinopse:

Quão legítimos podem ser os juízos de valor que a academia tem adotado, tradicionalmente, sobre a música popular? Como formular um juízo estético sobre ela? É lícito para o estudioso projetar seus gostos pessoais, ou deve limitar-se a documentar a valoração estética de seus consumidores? É possível estabelecer um “cânone” único de obras, no vasto quebra-cabeças da música popular latino-americana?


Estes oito ensaios são produto de um fórum eletrônico sobre estas questões, que envolveu investigadores de América Latina em um intenso debate e evidenciou algo essencial: o problema do juízo estético está estreitamente entrelaçado com a postura epistemológica do pesquisador e com as contradições da musicologia popular como disciplina emergente no horizonte acadêmico.

Capítulos:
Prólogo. música popular y juicios de valor: una reflexión desde América
Latina
JUAN FRANCISCO SANS Y RUBÉN LóPEZ CANO...…....…………………13

Ser o no ser, he ahí el dilema. Reflexiones epistemológicas en torno a la relación entre ciencia y musicología
CHRISTIAN SPENCER ESPINOSA…………….............…………………….25

Estética, teoría crítica y estudios etnográficos de la música popular: algunas propuestas
FEDERICO SAMMARTINO.…………….............……………………............65

Criterios de calidad en la música popular: el caso de la samba brasileña
FELIPE TROTTA…............................................................................................99

Sobre pastas, paquetes de bizcocho, o... De cómo el apetito musical es construido, fijado y transformado por los medios
HELOíSA DE ARAúJO DUARTE VALENTE……………………...............…135

Musicología popular, juicios de valor y nuevos paradigmas del conocimiento
JUAN FRANCISCO SANS.………………...................….......……………...165

Música popular, investigación y valor
CLAUDIO F. DíAZ……………………….......................……............………195

Juicios de valor y trabajo estético en el estudio de las músicas populares urbanas de América Latina
RUBÉN LóPEZ CANO…................................................................................217

¿Juicios de valor? Orgullo y prejuicio en los estudios sobre música. Una reflexión desde la etnomusicología
JULIO MENDíVIL…………….....................................……………...............261

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

MADRIGAL ARS VIVA, 50 ANOS: ENSAIOS E MEMÓRIAS

PARA ADQUIRIR O LIVRO, ENTRE EM CONTATO COM A LETRA E VOZ, no endereço: http://letraevoz.webstorelw.com.br/products/madrigal-ars-viva-50-anos-ensaios-e-memorias


O livro, organizado por Heloísa Valente e pesquisa de arquivo de Gílio de Oliveira Melo, será lançado neste sábado. 
Compareça e prestigie!

LOCAL: Pinacoteca Benedicto Calixto
                Av. Bartolomeu de Gusmão, nº 15 Praia do Boqueirão, Santos
HORÁRIO: 19h
 

Página -índice do livro

Ensaios:



“Ouçam este som espantoso...”: o debate estético como legado do Ars Viva
            Diósnio Machado Neto

Madrigal Ars Viva: uma oficina de criação musical
Rodolfo Coelho de Souza

Jogral Ars Viva e a poesia dos santos da casa.
Gil Nuno Vaz

Ars-vivendo um ideal
Teresinha Prada

Madrigal Ars Viva: um laboratório musical, em Santos
Antonio Eduardo Santos

Os efeitos de uma escuta
Carla Delgado de Souza

As primeiras notas de muitas páginas
Heloísa de A. Duarte Valente

Memórias:

Madrigal Ars Viva: Trinta anos de vanguarda
Lydia de Araújo Duarte

Ars Viva: um som que não se perdeu
Roberto Martins

O Ars Viva e sua longa trajetória
Tereza Vallejo

O Ars Viva, em seus verdes anos
Adriana de Oliveira Ribeiro

Recordações da casa de música
Gílio de Oliveira Melo

Ars Viva, 50 Anos de boa Música
Maurílio Tadeu de Campos

Devagar, vim chegando ao Madrigal Ars Viva
Nelson Mendonça


Livro de visitas:

Documentos:

Ata de fundação

Estatutos

Madrigal Ars Viva: 25 anos.
            Gílio de Oliveira Melo

Ata da sessão solene da Assembleia legislativa em reconhecimento ao Jubileu de Ouro do Madrigal Ars Viva
            Telma de Souza, Maria Lúcia Prandi e Reinaldo Martins

Colóquio e lançamento de livro em homenagem aos 50 anos do Madrigal Ars Viva


Nos próximos dias 11 e 12 de novembro (sexta-feira e sábado), às 14h30, o Centro de Estudos em Música e Mídia – MusiMid -  e a Sociedade Ars Viva, promovem o “Colóquio Madrigal Ars Viva: 50 anos de Arte e Cultura de Santos para o mundo”.
Sob a chancela da Profa  Dra Heloísa de Araújo Duarte Valente, o Colóquio reúne renomados intelectuais e artistas com objetivo de analisar e discutir o papel e a importância do Madrigal Ars Viva no contexto da arte e cultura brasileira e o impacto do seu repertório no trabalho de outros grupos corais.
Destinado a estudantes de graduação e pós-graduação em Música, Comunicação, História, Filosofia, profissionais da música, teatro, produção cultural e mídia em geral, além dos interessados no tema, o Colóquio oferece certificado aos que tiverem frequência em, pelo menos, três módulos do evento.
(PROGRAMA AO FINAL DESTA NOTÍCIA)
Inscrições:
As inscrições, gratuitas, já estão abertas e podem ser feitas até o dia 09 de novembro.
Horários: de segunda a quinta-feira, das 09h00 às 12h00 e das 14h00 às 18h00.
Na sexta-feira, das 08h00 às 12h00,
Local: secretaria da Pinacoteca Benedicto Calixto – Avenida Bartolomeu de Gusmão, 15 – Boqueirão.
Informações pelo telefone    (13) 3288-2260 
     .
PROGRAMA DO COLÓQUIO:


11 de novembro
14h- 14h30
Credenciamento
Abertura

14h30- 17h00: mesa 1
Madrigal “Ars Viva”: um balanço dos 50 anos de atividade
Carla Delgado
Antonio Eduardo
Diósnio Machado Neto
Roberto Martins
Moderação: Heloísa Valente

17h30-18h30
Apresentando o Madrigal Ars Viva
Gílio de Oliveira Mello

19h30 – Concerto: Retratos em flauta e piano
Antonio Eduardo e Cibele Palopoli

12 de novembro

14h30- 17h00 mesa 2
Madrigal “Ars Viva”: 50 anos de música nova
André Ribeiro
Gil Nuno Vaz
Gilberto Mendes
Sérgio Vasconcelos Corrêa
Mediação: Rodolfo Coelho de Souza

17h00- 19h00 mesa 3:
Madrigal “Ars Viva”: 50 anos de experimentalismo vocal

Heloísa Castellar Petri
Wladimir Mattos
Marcos Júlio Sergl
Heloísa Valente
Mediação: Marcos Júlio Sergl

19h Lançamento do livro “Madrigal Ars Viva, 50 anos: Ensaios e memórias”, com a participação dos autores


domingo, 6 de novembro de 2011

Colóquio e lançamento de livro pelos 50 anos do Madrigal Ars Viva


Nos próximos dias 11 e 12 de novembro (sexta-feira e sábado), às 14h30, o Centro de Estudos em Música e Mídia – MusiMid -  e a Sociedade Ars Viva, promovem o “Colóquio Madrigal Ars Viva: 50 anos de Arte e Cultura de Santos para o mundo”.
Sob a chancela da Profa  Dra Heloísa de Araújo Duarte Valente, o Colóquio reúne renomados intelectuais e artistas com objetivo de analisar e discutir o papel e a importância do Madrigal Ars Viva no contexto da arte e cultura brasileira e o impacto do seu repertório no trabalho de outros grupos corais.
Destinado a estudantes de graduação e pós-graduação em Música, Comunicação, História, Filosofia, profissionais da música, teatro, produção cultural e mídia em geral, além dos interessados no tema, o Colóquio oferece certificado aos que tiverem frequência em, pelo menos, três módulos do evento.

Inscrições:
As inscrições, gratuitas, já estão abertas e podem ser feitas até o dia 09 de novembro.
Horários: de segunda a quinta-feira, das 09h00 às 12h00 e das 14h00 às 18h00.
Na sexta-feira, das 08h00 às 12h00,
Local: secretaria da Pinacoteca Benedicto Calixto – Avenida Bartolomeu de Gusmão, 15 – Boqueirão.
Informações pelo telefone    (13) 3288-2260   

   .
PROGRAMA DO COLÓQUIO:
11 de novembro
14h- 14h30
Credenciamento
Abertura

14h30- 17h00: mesa 1
Madrigal “Ars Viva”: um balanço dos 50 anos de atividade
Carla Delgado
Antonio Eduardo
Diósnio Machado Neto
Roberto Martins
Moderação: Heloísa Valente

17h30-18h30
Apresentando o Madrigal Ars Viva
Gílio de Oliveira Mello

19h30 – Concerto: Retratos em flauta e piano
Antonio Eduardo e Cibele Palopoli

12 de novembro

14h30- 17h00 mesa 2
Madrigal “Ars Viva”: 50 anos de música nova
André Ribeiro
Gil Nuno Vaz
Gilberto Mendes
Sérgio Vasconcelos Corrêa
Mediação: Rodolfo Coelho de Souza

17h00- 19h00 mesa 3:
Madrigal “Ars Viva”: 50 anos de experimentalismo vocal

Heloísa Castellar Petri
Wladimir Mattos
Marcos Júlio Sergl
Heloísa Valente
Mediação: Marcos Júlio Sergl

19h Lançamento do livro “Madrigal Ars Viva, 50 anos: Ensaios e memórias”